MpDS: Inovação nacional para agilizar a captação de imagens clínicas

Cofinanciado pelo COMPETE 2020, o projeto MpDS é uma solução mobile que visa agilizar o processo de captação de imagens clínicas de alta qualidade, adaptável a vários contextos clínicos, nomeadamente, análise de sinais, feridas e de amostras de sangue.
 
 
1. Entrevista a Pedro Faria Salgado - Manager da F3M
 
Pedro Faria Salgado | Manager da F3M
 
Considera que foram alcançados os objetivos definidos para o projeto? 
 
Sim, os objetivos definidos no projeto foram claramente cumpridos. Conseguimos desenvolver uma solução altamente inovadora, composta por um conjunto de sistemas e módulos integrados, aliados a algoritmos de processamento de imagem e aprendizagem máquina supervisionada, a correr localmente no smartphone e na cloud. Além dos objetivos cumpridos, fomos capazes de identificar novas necessidades e estamos neste momento a trabalhar num novo projeto que visa dar resposta a esses problemas. 
 
 
Quais foram os principais desafios com que se depararam no desenvolvimento do projeto? 
 
Tivemos vários desafios ao longo do projeto: encontrar os parceiros certos, transformar um projeto num produto valorizado pelos profissionais de saúde. Outro grande desafio, foi e continua a ser, demonstrar à gestão unidades de saúde o valor acrescentado da solução, o valor financeiro e humano na prestação de cuidados de saúde. Acreditamos sempre e conseguimos hoje demonstrá-lo, com dados de utilização que o tempo despendido no tratamento de feridas com o MpDS é muito menor, dando mais tempo aos profissionais de saúde para os cuidados com o utente. O MpDS é hoje também essencial na tomada de decisão, pois disponibiliza dados da evolução das feridas que nunca antes existiram.
 
 
De entre os resultados alcançados, há algum que gostaria de destacar? 
 
Durante a execução do projeto fomos detetando necessidades que não tinham sido endereçadas em fase de candidatura, mas isso não limitou a nossa ambição de fazer do MpDS uma solução robusta que responde à maioria dos problemas do trabalho em contexto real. O Ecossistema MpDS está atualmente no mercado e está a trilhar o seu caminho para se tornar uma referência no mercado das feridas. Destaco ainda o investimento que estamos a fazer neste momento, com o apoio do COMPETE 2020, para adicionar valor ao ecossistema MpDS, nomeadamente a investigação e desenvolvimento de algoritmos para determinação semiautomática de propriedades de feridas com base nas imagens adquiridas (em termos de área, diferenciação e proporção dos diferentes tipos de tecidos presentes na região, bem como no que diz respeito à sua temperatura superficial ou profundidade) e utilizar as grandezas estimadas para calcular uma única métrica/score indicadora do estado da ferida, facilitando as tarefas de caracterização e monitorização das feridas a analisar. É objetivo da F3M entregar continuamente ao mercado soluções que aportem inovação e valor aos nossos clientes.
 
 
Qual tem sido o contributo do COMPETE 2020 para o desenvolvimento deste projeto? 
 
O contributo do COMPETE 2020 foi determinante para desenvolvermos o projeto e, no final, o produto que está no mercado, que queremos que evolua e abra caminhos para a internacionalização da empresa na área da saúde. 
 
 
2. Apoio do COMPETE 2020 
 
O projeto MpDS foi cofinanciado pelo COMPETE 2020 âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, com um investimento elegível de cerca de 394 mil euros, o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 253 mil euros.
 
 
3. Links
 

01/10/2021 , Por Cátia Silva Pinto
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