COMPETE 2020: 132 milhões de euros de investimento aprovado para actividades de I&D em projetos de co-promoção

Se o investimento das empresas em actividades de I&D tem aumentado em Portugal na última década , ainda se  verifica uma insuficiente articulação entre as empresas e as restantes entidades do Sistema de I&I ( não empresariais) , dificultando a transferência tecnológica com efeitos favoráveis na cadeia de valor gerado para a economia, fator acentuado pela prevalência de uma reduzida cultura de cooperação interempresarial, sobretudo no domínio internacional, determinante para a valorização económica da I&D.

Os projetos de co-promoção, que envolvem na sua génese, empresas e entidades do sistema científico e tecnológico (entidades não empresariais de I&I ) em torno de um projeto comum de investigação industrial e/ou de desenvolvimento experimental, conducente à criação ou introdução de melhorias significativas de novos produtos, processos ou sistemas, pretendem aumentar a cooperação empresarial e a articulação entre empresas e entidades de investigação, acelerando a difusão, transferência e utilização de tecnologias, conhecimentos e resultados de I&D no tecido empresarial.

Nesta Newsletter apresentamos 3 projetos do conjunto de 151 projetos aprovados no COMPETE 2020 (ponto de situação a 30 Setembro):

 

O projeto pretende desenvolver uma inovadora ferramenta de gestão agronómica que irá proporcionar, por um lado, a simplificação de processos agrícolas e, por outro, a otimização dos mesmos. Com esta solução será possível determinar parâmetros e tarefas relacionadas, por exemplo com rega, fertilização, colheitas e doenças.

 

Há milénios que o Homem conhece diversas espécies de fungos e as utiliza para os mais diversos fins, incluindo o tingimento. O projeto PICASSo, reúne 3 empresas e 2 entidades do Sistema Científico e Tecnológico para desenvolver uma linha inovadora de produtos têxteis coloridos recorrendo apenas a compostos de origem natural extraídos a partir de plantas e cogumelos. Este projeto vai ao encontro das necessidades de sustentabilidade ecológica e económica do mercado mundial, uma vez que pretende explorar novos métodos inovadores de coloração e funcionalização têxtil, e dar prioridade a extratos naturais provenientes de resíduos e/ou espécies de cogumelos e plantas de baixo valor comercial.

 

O SHARP - Seaweed for Healthier Traditional Food Products - envolve uma equipa multidisciplinar e pretende desenvolver e lançar novos produtos alimentares, que incorporem macroalgas, de potencial nutricional superior aos tradicionais existentes no mercado nacional e internacional oferecendo soluções promotoras de uma melhoria do estado de saúde e de envelhecimento saudável.

17/10/2016 , Por Paula Ascenção