COMPETE 2020 apoia projetos para tornar as empresas internacionalmente mais ativas

 

Depois da descoberta de Portugal como destino turístico e como produtor de artigos de qualidade em setores ditos tradicionais e em setores emergentes, é fundamental olharmos para os instrumentos de política pública que existem no atual período de programação para promover Portugal e os produtos portugueses, conscientes que é crucial para a competitividade aumentar o volume de exportações , mas também criar no mercado global uma imagem sólida de Portugal associado a factores de diferenciação.

As projeções para a economia portuguesa , feitas pelo Banco de Portugal apontam para a manutenção de uma trajetória de expansão ao longo do período 2019-21, embora a um ritmo de crescimento inferior ao observado nos últimos anos. Após um crescimento de 2,1% em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) em termos reais deverá crescer 1,7% em 2019 e 1,6% em 2020 e em 2021.

Em agosto de 2019, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de -3,8% e -4,0%, respetivamente (+1,3% e +9,5% em julho de 2019, pela mesma ordem). Destacam-se os decréscimos nas exportações e nas importações de Combustíveis e lubrificantes (-44,1% e -43,7%, respetivamente), nomeadamente nas exportações de Produtos transformados e nas importações de Produtos primários. Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 0,6% e as importações cresceram 4,4% (+3,0% e +9,7%, respetivamente, em julho de 2019). (INE)

Sendo o COMPETE 2020 o programa que no contexto do Portugal 2020 tem por missão contribuir para a criação de uma economia mais competitiva, baseada em atividades intensivas em conhecimento, na aposta de bens e serviços transacionáveis ou internacionalizáveis e no reforço da qualificação e da orientação exportadora das empresas portuguesas, incorpora na sua estrutura um conjunto de instrumentos que tem contribuído efectivamente para a mobilização nacional para o mercado global : apoio direto às empresas, através dos projetos conjuntos de internacionalização e dos projetos individuais e o apoio à primeira abordagem aos mercados externos através do Vale Internacionalização, e ainda através de apoio indireto às PME através das ações coletivas orientadas para a promoção internacional 

Há uma forte correlação entre as PME serem internacionalmente ativas e terem um desempenho de negócios melhor do que a média. Embora parte deste poder ser devido a "auto-seleção", no sentido de que as PME com melhor desempenho são mais propensas a serem ativas internacionalmente, também é provável que haja um efeito direto e positivo sobre o desempenho das empresas que se tornam internacionalmente ativas.

Mecanismos de apoio públicos podem desempenhar um papel fundamental na promoção de uma maior internacionalização e ajudar a resolver as barreiras percebidas para a internacionalização, como fornecer um melhor acesso à informação e ao acesso a apoio financeiro Pretende-se promover a competitividade das empresas por via da internacionalização e da inovação, para o que será necessário prosseguir o trabalho de alargamento da base exportadora e alavancagem do potencial exportador de empresas, nomeadamente de PME.

Abrir novos canais de exportação e reforçar a internacionalização do tecido empresarial e de projetos inovadores pressupõe o reforço das dinâmicas de inovação e de internacionalização, recuperando trajetórias de diversificação das exportações e de produção de bens e serviços cada vez mais sofisticados e diferenciados.  O objetivo final consistirá, assim, em reforçar a competitividade das empresas, promover o aumento da exportação de produtos com alta intensidade tecnológica, como também incentivar cada vez mais a inserção nas cadeias de valor internacionais, reconhecendo a sua importância para a criação de mais emprego e mais riqueza.

A internacionalização é vital para as PME prosperarem num mundo cada vez mais competitivo e contribui para a manutenção do emprego. 

Nesta edição da Newsletter:  Conversamos com a Martim Guedes, CEO da Aveleda sobre o projeto de internacionalização, cofinanciado pelo COMPETE 2020, que sendo o mesmo permitiu “reduzir o risco de exposição a uma estratégia de crescimento, apoiando o aumento de vendas em mercados prioritários para a empresa” e contribuir “para o reforço da notoriedade das marcas na exportação.”  Entrevistámos João Sousa, Administrador da Flor da Moda que nos falou do reforço da notoriedade da Flor da Moda e da marca ANA SOUSA no mercado europeu, alcançado através do projeto e da importância do apoio do COMPETE 2020. E ainda lhe apresentamos os projetos de promoção internacional da empresa Vieira de Castro e o projeto de investimento da DOMINÓ que envolve  a introdução no mercado de inovadores produtos e na aposta em meios eficazes de promoção e marketing internacional, prospeção e presença em mercados internacionais com novas e inovadoras abordagens promocionais de comunicação da marca.

14/10/2019 , Por Paula Ascenção