A prioridade de apostar nas TIC para o aumento da competitividade

 

A economia actual atravessa uma enorme transformação e está a entrar em terreno novo: Do Industrial e serviços para o tecnológico e digital, surgem novas empresas com processos mais modernos, simples e interactivos entre fornecedor e consumidor, que proporcionam melhores experiências, substituindo anteriores modelos de negócio.

Hoje, Portugal é um dos países que mais utiliza e implementa novas ferramentas e tecnologias de informação. Encontra-se nos primeiros lugares do ranking mundial de e-government, e-banking  e acessibilidade ao mundo digital.

Portugal é um conceituado fabricante de plataformas de software, implementadas por todo o mundo, com especial destaque na lusofonia, um mercado com mais de 260 milhões de pessoas.

Internet das coisas, big data, gamificação, impressão 3D, bitcoin, blockchain, indústria 4.0, inteligência artificial, robotização, realidade virtual, digitalização da economia, disrupção digital, carros voadores, consultas médicas online através do telemóvel, comércio online, sensores digitais... A lista é interminável e pode ser avassaladora para as empresas privadas e públicas. Como vão elas usar tudo isto nos seus negócios? Que conceitos e tecnologias vão aplicar? Quanto é que precisam investir? E que retorno vão ter? E isto vai obrigar a despedir pessoas? Hoje, o significado de inovar deixou de ser apenas introduzir novidades, renovar, inventar ou criar.

As Tecnologias de Informação e Comunicação são tão naturais no nosso dia a dia que hoje o nosso mundo seria quase impossível de imaginar sem este conjunto conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardwaresoftware e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica, de ensino e aprendizagem entre outras.

Este maravilhoso “mundo novo” que afinal ainda é jovem tem o céu como limite para a inovação e um impato profundo na competitividade do país.

O desenvolvimento das Tecnologias da informação e da comunicação (TIC) é vital para a competitividade da Europa numa economia global cada vez mais digital. Mais de 20 mil milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e do Fundo de Coesão estão disponíveis para investimentos nas TIC durante o período de financiamento 2014-2020. Este investimento apoia a ação da Comissão no sentido de criar um Mercado Único Digital, que tem potencial para gerar um crescimento adicional que pode chegar aos 250 mil milhões de euros

As tecnologias digitais devem também ser capitalizadas enquanto facilitadoras no acesso e otimização dos principais fatores de produção - e.g. IoT - acesso remoto a informação de ativos em tempo-real, comunicação automática entre dispositivos e consequente automação de processos. Introduzir novas estratégias de sourcing de tecnologia, com um maior recurso a plataforma partilhadas (as-a-service).

 A apropriação real do digital na forma como aprendemos, como nos relacionamos e sobretudo como as empresas se relacionam com o mercado é fundamental para o crescimento sustentável .

Com o crescimento da Internet, a globalização do comércio e a ascensão das economias da informação, a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) passou a atuar com papel essencial nos negócios e na administração. As TIC servem de base a novos modelos empresariais, novos processos de negócio e novos modos de compartilhar informações. As TIC viabilizam complexos processos de negócio, ao mesmo tempo que contribui para conhecer melhor o ambiente competitivo onde a empresa se encontra inserida.

Atualmente mais formas digitais estão a alterar a forma como se fazem negócios além-fronteiras e a velocidade da concorrência. Os benefícios económicos são evidentes mais dinâmicos. E embora as economias avançadas continuem a liderar, o digital abriu portas a países periféricos e sobretudo a pequenas empresas e startups, e a bilhões de indivíduos.

Na semana em que o gigante Google anunciou a abertura de um novo centro de operações de fornecedores em Lisboa, justificando esta escolha por se considerar Portugal como digital friendly dedicamos a edição desta Newsletter a projectos que apostam na Investigação e Inovação nesta área crucial para a competitividade nacional: o complexo mundo do digital.

 

  • BI - SILQUE 

Entrevistámos o CEO, André Vasconcelos, da Bi-silque, um dos líderes mundiais no setor da comunicação visual. Fundada em 1979, a empresa produz quadros que facilitam a interação entre os utilizadores em ambientes corporativos e educacionais. Está presente em 82 países nos 5 continentes. Exporta 98,7% das vendas.

Graças à sua dedicação e know-how herdado pelos pais, André Vasconcelos viu a empresa transformar-se num líder mundial assente nos últimos modelos de gestão, mantendo o foco na responsabilidade social e ambiental, na constante inovação e no desenvolvimento de novos produtos, assim como, com a capacidade de agregar valor extra e diferenciador à indústria e mercado em que opera, elevando a oferta das suas marcas sempre mais além do tradicional material de escritório.

 
  • Projeto FutPON

Este projecto desenvolvido em parceria entre a PT Inovação e Sistemas e o Instituto de Telecomunicações tem por objectivo desenvolver as redes óticas passivas (PON) de próxima geração, criando soluções completas, inovadoras a nível mundial, com vista ao mercado global, onde existem diferentes tecnologias PON. 

As redes ópticas passivas (Passive Optical Networks - PON) são redes de comunicação, ao nível de acesso, que utilizam fibras ópticas interligadas na topologia em estrela e configuração ponto-multiponto, sendo constituídas apenas por componentes ópticos que não requerem alimentação elétrica (componentes passivos) entre o Terminal de Linha Óptica (Optical Line Termination - OLT) e a Unidade de Terminação Óptica (Optical Network Termination - ONT)

 
  • Projeto WISE

No projeto promovido pelo INESC TEC em parceria com a Tekever, está a ser desenvolvida uma solução de comunicações sem fios baseada na utilização de drones como pontos de acesso "voadores" que vai ter capacidade de estabelecer, restabelecer e reforçar comunicações sem fios em cenários de emergência, remotos e eventos temporários de grande dimensão.  A utilização dos drones juntamente com a inteligência que lhes está associada vai permitir disponibilizar rapidamente comunicações sem fios de banda larga em cenários em que não exista cobertura de rede ou em que haja necessidade de reforçar a capacidade da rede. 

 
  • Projeto RESISTIR

Coordenado pela Maxdata Software e pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o projeto RESISTIR visa criar um sistema de informação inovador para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar. O objetivo do projeto é apoiar a identificação de anomalias epidemiológicas (surtos de origem hospitalar e comunitária) e contribuir para o alinhamento com as novas políticas nacionais e internacionais.

 

 

 

 

 

25/01/2018 , Por Paula Ascenção