SHARP, é esta a sigla do projeto que visa desenvolver uma linha de produtos alimentares à base de algas

Cofinanciado pelo COMPETE 2020, o projeto envolve uma equipa multidisciplinar e visa desenvolver e lançar novos produtos alimentares de potencial nutricional superior aos existentes no mercado nacional e internacional, oferecendo soluções promotoras de uma melhoria do estado de saúde e de envelhecimento saudável. 

 

SHARP - Seaweed for Healthier Traditional Food Products  

1. Síntese

A fileira do Agroalimentar encontra-se em expansão, sendo um importante domínio para a economia portuguesa (representa cerca de 4,1% do PIB, com uma quota de 8,4% nas exportações e responsável por praticamente 12% do emprego total). 

O projeto "SHARP - Seaweed for Healthier Traditional Products" visa a partilha de todo o conhecimento e experiência dos promotores para a investigação e desenvolvimento de produtos alimentares tradicionais que integrem macroalgas, mantendo as principais características organoléticas familiares aos consumidores e explorando o seu potencial nutricional, oferecendo soluções promotoras de uma melhoria do estado de saúde e envelhecimento saudável.

O projeto “SHARP - Seaweed for Healthier Traditional Food Products”, é promovido em copromoção pelas empresas Irmãos Monteiro S.A., Centralrest Lda e Algaplus Lda e pela Universidade de Aveiro. Este consórcio encontrou no COMPETE 2020 um aliado para a resolução de problemas existentes e para o desenvolvimento de novos produtos a colocar no mercado. Este projeto permite consolidar a posição do país como líder em produtos que se destacam pela sua qualidade organolética nutricional e segurança alimentar, apostando em características únicas e diferenciadoras, que constituem uma vantagem para o mercado diferenciado que privilegia a saúde e o bem-estar.

O projeto SHARP permite potenciar a diferenciação pela excelência através da realização de I&D e Inovação focada no desenvolvimento de alimentos funcionais (com benefícios para a saúde) orientados a nichos de mercado com necessidades nutricionais específicas, em paralelo com uma aposta na autenticidade e qualidade de produtos tradicionais portugueses e desenvolvimento de novos conceitos de alimentação portuguesa mais saudável, original e conveniente. 

Esta estratégia de valorização pela diferenciação apoia-se na utilização de recursos naturais produzidos em aquicultura, particularmente macroalgas, através do conhecimento científico das espécies com maior potencial de valorização e garantia de sustentabilidade ambiental através da aplicação de tecnologias inovadoras. Este projeto contribui ainda para o potencial de inovação decorrente das ações de clusterização desenvolvidas, nomeadamente pelo Cluster da Economia e Conhecimento do Mar. Mais, contribui para o desenvolvimento de tecnologias e processos de diversificação das espécies produzidas, nomeadamente através do potencial de criação de novos tipos de alimentos.

 

2. Objetivos e Resultados Esperados

Estima-se que em 2035 as pessoas com idade acima dos 65 anos representem 25% da população europeia. Perante este cenário, é necessário assegurar um envelhecimento saudável das populações, diminuindo a prevalência de doenças que debilitam a qualidade de vida e que têm um forte impacto económico nos sistemas de saúde em todo o mundo: obesidade, hipertensão, diabetes. A melhor forma de combater estas doenças é a prevenção, através de hábitos alimentares saudáveis. Cada vez mais os consumidores procuram alimentos que sejam saborosos e convenientes (prontos ou de fácil confeção) e locais que contribuam para as aspirações de saúde e bem-estar. As macroalgas são uma fonte rica e equilibrada de nutrientes que incluem as fibras e outros hidratos de carbono, proteínas e aminoácidos, antioxidantes, ácidos gordos polinsaturados, vitaminas e minerais. São utilizadas desde a antiguidade como alimento e medicamento, especialmente nos países asiáticos. Recentemente, esse conhecimento tem sido transferido para o consumidor ocidental e o lançamento de novos produtos à base deste ingrediente aumenta anualmente. No entanto, a maioria destes novos produtos limita-se a juntar o ingrediente sem validar os benefícios do produto final e o seu efeito potencial na saúde. 

O projeto SHARP pretende diferenciar-se inovando em produtos tradicionais que possam atingir diferentes públicos, generalizando o consumo de produtos diferenciados pela sua qualidade sensorial, nutricional e que simultaneamente contribuam para uma dieta saudável da população. A proposta é a de desenvolver produtos, a um preço de custo competitivo, que sejam familiares ao paladar dos consumidores, que sejam equilibrados em termos nutricionais, que tenham impacto positivo validado na saúde da população, contribuindo para um envelhecimento saudável, e que ofereçam garantia de qualidade, origem e sustentabilidade dos ingredientes.

 

3. Apoio do COMPETE 2020

3.1 Sistema de Incentivos

Com inicio em 2016 e uma duração de 36 meses, o projeto “SHARP - Seaweed for Healthier Traditional Food Products”, é promovido em co-promoção pelas empresas Irmãos Monteiro S.A., Centralrest Lda. e Algaplus Lda. e pela Universidade de Aveiro.

Cofinanciado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, o projeto SHARP envolve um investimento elegível de 941.949,22 euros, a que corresponde um incentivo FEDER de 633.721,67 euros.

3.2 Testemunho | Consórcio

O projeto SHARP é visto pelo consórcio, e em particular pelas entidades empresariais que o compõem, como uma excelente oportunidade para diferenciar de forma positiva os seus portfólios de oferta através do desenvolvimento de alimentos funcionais, tendo por base produtos tradicionais portugueses aliados a novos conceitos de alimentação mais saudável.

O desenvolvimento deste projeto contribuirá tanto para o reforço de competências internas, com os novos conhecimentos que serão adquiridos nos domínios objeto de investigação, bem como para posicionar os seus promotores no mercado como fornecedores de produtos inovadores e diferenciadores, com elevado potencial de reconhecimento e valorização pelos mercados externos, pelo que é com muito entusiasmo e grandes expetativas que os promotores abraçam este desafio.

 

4. Links

13/12/2016 , Por Cátia Silva Pinto
Portugal 2020
COMPETE 2020
União Europeia