Ernesto Morgado: a mais antiga indústria de arroz em Portugal

No âmbito da iniciativa "COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor", Rui Vinhas da Silva, presidente do COMPETE 2020, começou, a 14 de março, uma visita a 16 empresas do setor agroalimentar.

O presidente do COMPETE 2020 conta que “a Ernesto Morgado constitui um excelente exemplo da importância crítica da associação entre o conhecimento do negócio personificado pelo Professor Ernesto Morgado e sua equipa e o reconhecimento do papel da criação de marcas na geração de vantagens competitivas sustentadas no mercado extremamente atomizado que é o da transformação e comercialização de arroz.” Para Rui Vinhas da Silva, trata-se de “uma empresa excelente onde a eficiência produtiva e sofisticação de processos ancorados no estado da arte da tecnologia convivem com uma forte orientação de mercado e dos determinantes críticos de competitividade no mercado global.”

Breve histórico da empresa

Uma história de tradição familiar mas também de constante modernização que tem levado a Ernesto Morgado em busca de novos desafios para produzir um arroz único: Pato Real. 

Fundada em 1920, a Ernesto Morgado S.A. é a mais antiga indústria de descasque, branqueamento e embalamento de arroz em Portugal. Com 90 anos de vida, a empresa orgulha-se de ser uma PME Líder e de integrar a "Rede PME Inovação" da COTEC Portugal pelo seu posicionamento como motor da economia nacional na prossecução de estratégias de crescimento e liderança competitiva através da implementação de projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI).

Trata-se de uma empresa familiar, com capitais 100 por cento nacionais, detida por dois irmãos, que representam a terceira geração da mesma família à frente da empresa. Com uma posição consolidada de 8% de quota de mercado e posicionando-se no 3º/4º lugar do mercado com a marca Pato Real, é um dos principais atores no negócio do descasque e branqueamento de arroz. 

No segmento do arroz carolino, o mais adequado para os pratos tradicionais portugueses, compete pelo 1º lugar com uma quota de 11%, apresentando bons índices de notoriedade com a marca Pato Real Malandrinho, sobretudo a norte do Mondego. 

Localizada no Vale do Mondego, área de produção por excelência do arroz carolino, beneficia de um profundo conhecimento de arroz e da forma de produzi-lo de geração em geração, mantendo excelentes relações com fornecedores criteriosamente selecionados.

A Ernesto Morgado encontrou no apoio FEDER através do COMPETE, nomeadamente nos instrumentos de apoio ao I&D e à internacionalização a alavancagem para a sua estratégia de posicionamento e diversificação de produto e para a sua estratégia de orientação para os mercados que valorizam produtos de alto valor acrescentado.

Conheça os projetos apoiados consultando o Roteiro

 

Iniciativa COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor

No âmbito da iniciativa "COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor", o presidente do COMPETE 2020, Rui Vinhas da Silva, começou a sua visita ao setor agroalimentar no dia 14 de março, envolvendo 16 empresas de um setor estratégico para o país: a indústria agroalimentar. O sector agroalimentar apresenta uma grande dispersão e pulverização empresarial, mas tem apresentado uma capacidade de inovar e de incorporar valor nos seus produtos que se reflete no peso das suas exportações e no fôlego de novas ideias e novas empresas.

Este setor apresenta uma complexa cadeia de valor: empresas diferentes, em mercados diferentes e para diferentes consumidores. O setor agroalimentar inclui o conjunto de atividades relacionadas com a transformação de matérias-primas em bens alimentares ou bebidas e a sua disponibilização ao consumidor final, abrangendo atividades tão distintas como a agricultura, a silvicultura, a indústria de alimentos e bebidas e a distribuição. É um setor altamente competitivo, onde o efeito escala é importante, o que se comprova pela existência de algumas e conhecidas grandes multinacionais na área, apesar de as empresas de menor dimensão serem predominantes.

O roteiro da visita procurou ser o mais abrangente possível abarcando a riqueza do setor e analisando as vantagens competitivas de cada empresa Segundo dados do INE (2014), este setor contribuiu para a economia nacional com um volume de negócios de 14,8 mil milhões de euros, e um VAB de 2,7 mil milhões. É a segunda indústria que mais emprega em Portugal, com mais de 100 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos. Tem registado nos últimos 5 anos uma taxa de crescimento de exportações superiores às importações e é fundamental para afirmar a nossa autossuficiência alimentar e garantir a sustentabilidade do consumo nacional.

Esta visita contou com a estreita colaboração da Portugal Foods, associação formada por empresas, por entidades do sistema científico e tecnológico nacional e por entidades regionais e nacionais que representam os vários subsetores que compõem o setor agroalimentar português.

 

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16/03/2016 , Por Cátia Silva Pinto
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