M.A.Silva – Cortiças corporiza uma forte dinâmica de empreendedorismo

O Grupo M.A. Silva – Cortiças e o seu presidente executivo Manuel Alves da Silva corporizam uma forte dinâmica de empreendedorismo no setor corticeiro acerca do qual demonstra um profundo conhecimento”, conta o presidente do COMPETE 2020, Rui Vinhas da Silva. “Com um enfoque na produção de rolhas de cortiça natural a empresa foi progressiva mas seguramente adotando uma estratégia de diversificação geográfica com a criação de empresas nos EUA, França, Brasil, Austrália e Chile procurando assim cimentar uma verdadeira estratégia de internacionalização ancorada numa forte dinâmica financeira e no imperativo de presença em mercados vinícolas de extrema importância. Um bom exemplo de cosmopolitismo no entendimento do ambiente de negócios em diferentes contextos geográficos e de mercado”, conclui Rui Vinhas da Silva, no âmbito da iniciativa COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor.

 

Breve histórico da empresa

O grupo M.A. Silva foi fundado em 1972 pelo seu atual presidente executivo, Manuel Alves da Silva, dedicando-se à produção de rolhas de cortiça natural. É um grupo de cariz familiar com uma forte dinâmica financeira e profundo conhecimento do setor corticeiro. 

1995 - investimento no laboratório da empresa de forma a responder às demais exigências de todos os mercados em que opera. 1999 - criação de uma empresa dedicada à produção de rolhas técnicas de cortiça, surgido a MASilva 2 Cortiças, Lda. 2000 - criação da empresa nos Estados Unidos. 2002 – criação da empresa na França. 2004, 2005 e 2007 - criação da MASilva 3 – Cortiças, Lda.; Obtenção da norma ISO 22000 e aquisição de um equipamento de cromatografia gasosa e espectrómetro de massas para o laboratório próprio. 2009 - criação da empresa no Brasil, Austrália, e Chile. 2011 – criação de uma empresa em Espanha, SL, de forma a corresponder a uma exigência das vinícolas locais e permitindo uma expansão mais direta e efetiva no mercado espanhol, que até então era tratado através de agentes.

Sedeado em Portugal, o grupo conta com quatro unidades de produção, três no norte e uma no Sul do país. Na MASilva 3 é feita a estabilização da cortiça, a cozedura através do inovador sistema DYNAVOX® e preparação da cortiça, para de seguida rumar ao norte pronta a ser trabalhada. Na MASilva 2 é feita a produção da rolha técnica (rolha aglomerada, rolha 1+1, espumante, micro aglomerado) onde contamos com o sistema de esterilização de granulados SARA®. Na MASilva é feita a produção da rolha natural, bem como as fases de lavagem com o sistema MASZONE®, seleção, marcação, tratamento, embalagem e expedição.

A equipa da MASilva em Portugal dá suporte organizacional e estabilidade às suas afiliadas espalhadas pelos diversos mercados e controla alguns mercados diretamente de Portugal, que por questões estratégicas não implicam a criação de empresas locais.

 

Iniciativa “ COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”

“O sector da cortiça é globalmente dinâmico, caracterizando-se pelo empreendedorismo dos seus players que apostam em estratégias de diversificação de produto e mercado na procura de vantagens sustentadas no mercado global.” Foi assim que o presidente do COMPETE 2020, Rui Vinhas da Silva, caracterizou o sector da cortiça após uma visita de quatro dias a várias empresas espalhadas por todo o país.

Inserida na iniciativa “COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”, o programa, de 12 a 15 de janeiro de 2016, contou com a visita a 21 unidades industriais representativas dos diferentes subsectores da indústria da cortiça e, ainda, um encontro com mais quatro empresários que apresentaram as suas empresas no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, em Coruche. Deste roteiro fez ainda parte a visita às três entidades representativas do sector: o Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça (Cincork), o Centro Tecnológico da Cortiça (Ctcor), e a Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) - entidade responsável pela organização das visitas.

O presidente do COMPETE 2020 salientou que “o sector da cortiça aposta em vantagens competitivas sustentáveis a montante na cadeia de valor, traduzido em processos produtivos eficientes e, a jusante, através da satisfação de requisitos de clientes exigentes em mercados diferenciados.” Assinalou, ainda, que “muitas empresas têm dotações de tecnologia e equipamento semelhantes, mas é o espírito empreendedor e a visão do empresário que fazem a diferença entre o sucesso e o insucesso.” Ao nível da tecnologia e dos processos produtivos, Rui Vinhas da Silva, destacou que as empresas do sector da cortiça são “dotadas de tecnologia sofisticada, demonstram uma preocupação constante com a gestão de processos de melhoria contínua através da adoção de sistemas e técnicas de gestão modernas e possuem elevado know-how, conhecimento profundo de processos produtivos e do mercado global.”

Rui Vinhas da Silva constatou, ainda, que o setor da cortiça “aposta em estratégias de diversificação de produto e mercado, ancoradas numa filosofia de inovação constante.” E afirmou: “é um sector com um forte entendimento dos ditames da competitividade da economia e dos requisitos do mercado global.”

Para o presidente do COMPETE 2020 existem “noções estereotipadas acerca do nível de desenvolvimento do país e da sua indústria e que levam, frequentemente, compradores, em contexto de B2B (business to business) e, principalmente, B2C (business to consumer), a ter menor disponibilidade na preferência de produtos de origem portuguesa ou a imporem tetos psicológicos de preço acima dos quais não estão disponíveis a pagar. Esta realidade tem vindo, progressivamente, a mudar, mas ainda há muito trabalho a fazer para que os produtos portugueses de elevada qualidade intrínseca consigam ser percebidos como tal e assim possam comandar prémios de preço em mercados exigentes junto de consumidores sofisticados e de elevado rendimento disponível. Estes estereótipos negativos do país de origem do produto cruzam sectores de atividade económica e são transferidos para produtos que muitas vezes não estão sequer relacionados entre si.” E concluiu: “a imagem externa do país poderá ser uma forte condicionante da agregação de valor a bens transacionáveis e da competitividade da economia portuguesa no mercado global. A realidade tem vindo a mudar mas há, ainda, um longo caminho a percorrer.”

 

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14/03/2016 , Por COMPETE 2020
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