Sá & Irmão, S.A.: um bom exemplo de dinamismo empreendedor

A Sá & Irmão, S.A. produz rolhas de cortiça natural para exportação. Sendo uma empresa familiar, a Sá & Irmão, S.A. adota uma filosofia de negócios que privilegia a integração vertical de processos desde o montado até à comercialização de rolhas de cortiça no mercado internacional”, palavras de Rui Vinhas da Silva, presidente do COMPETE 2020 aquando da visita, em 2015, no âmbito da iniciativa COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor. Acresce, ainda, que “a empresa demonstra claras preocupações com o ambiente, sendo eco-eficiente em matéria de gestão de resíduos e de energia. Uma clara orientação de mercado carateriza esta empresa que constitui um bom exemplo de dinamismo empreendedor.”   

 

Breve histórico da empresa

A Sá & Irmão, S.A. foi constituída em 1976 com o objetivo de produzir Rolhas de Cortiça Natural para exportação. É uma empresa familiar com vasta experiência no setor que faz questão de se renovar ao longo dos anos apresentando outro tipo de produtos de cortiça de forma gradual e ponderada.

Uma oferta diversificada que nos permite dar resposta às necessidades dos nossos clientes no mercado de exportação.

Hoje a Sá & Irmão tem capacidade de realizar internamente todo o circuito de produção de rolhas com a integração vertical dos processos e aproveitamento total da matéria-prima.

Até mesmo o pó de cortiça é utilizado para valorização energética, somos portanto uma empresa eco-eficiente, com um sistema de gestão de resíduos, unidades de tratamento dos efluentes resultantes da atividade industrial e um plano de gestão da energia para minimizar o impacto no meio ambiente.

O crescimento da empresa tem sido acompanhado pela preocupação na realização de investimentos, nomeadamente na melhoria de infraestruturas, na aquisição de equipamentos e qualificação de recursos humanos que nos permitem elevar os níveis de produtividade, a qualidade dos produtos, dando cumprimento aos requisitos legais, com o objetivo de satisfazer as exigências e necessidades do mercado.

 

Iniciativa “ COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”

“O sector da cortiça é globalmente dinâmico, caracterizando-se pelo empreendedorismo dos seus players que apostam em estratégias de diversificação de produto e mercado na procura de vantagens sustentadas no mercado global.” Foi assim que o presidente do COMPETE 2020, Rui Vinhas da Silva, caracterizou o sector da cortiça após uma visita de quatro dias a várias empresas espalhadas por todo o país.

Inserida na iniciativa “COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”, o programa, de 12 a 15 de janeiro de 2016, contou com a visita a 21 unidades industriais representativas dos diferentes subsectores da indústria da cortiça e, ainda, um encontro com mais quatro empresários que apresentaram as suas empresas no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, em Coruche. Deste roteiro fez ainda parte a visita às três entidades representativas do sector: o Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça (Cincork), o Centro Tecnológico da Cortiça (Ctcor), e a Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) - entidade responsável pela organização das visitas.

O presidente do COMPETE 2020 salientou que “o sector da cortiça aposta em vantagens competitivas sustentáveis a montante na cadeia de valor, traduzido em processos produtivos eficientes e, a jusante, através da satisfação de requisitos de clientes exigentes em mercados diferenciados.” Assinalou, ainda, que “muitas empresas têm dotações de tecnologia e equipamento semelhantes, mas é o espírito empreendedor e a visão do empresário que fazem a diferença entre o sucesso e o insucesso.” Ao nível da tecnologia e dos processos produtivos, Rui Vinhas da Silva, destacou que as empresas do sector da cortiça são “dotadas de tecnologia sofisticada, demonstram uma preocupação constante com a gestão de processos de melhoria contínua através da adoção de sistemas e técnicas de gestão modernas e possuem elevado know-how, conhecimento profundo de processos produtivos e do mercado global.”

Rui Vinhas da Silva constatou, ainda, que o setor da cortiça “aposta em estratégias de diversificação de produto e mercado, ancoradas numa filosofia de inovação constante.” E afirmou: “é um sector com um forte entendimento dos ditames da competitividade da economia e dos requisitos do mercado global.”

Para o presidente do COMPETE 2020 existem “noções estereotipadas acerca do nível de desenvolvimento do país e da sua indústria e que levam, frequentemente, compradores, em contexto de B2B (business to business) e, principalmente, B2C (business to consumer), a ter menor disponibilidade na preferência de produtos de origem portuguesa ou a imporem tetos psicológicos de preço acima dos quais não estão disponíveis a pagar. Esta realidade tem vindo, progressivamente, a mudar, mas ainda há muito trabalho a fazer para que os produtos portugueses de elevada qualidade intrínseca consigam ser percebidos como tal e assim possam comandar prémios de preço em mercados exigentes junto de consumidores sofisticados e de elevado rendimento disponível. Estes estereótipos negativos do país de origem do produto cruzam sectores de atividade económica e são transferidos para produtos que muitas vezes não estão sequer relacionados entre si.” E concluiu: “a imagem externa do país poderá ser uma forte condicionante da agregação de valor a bens transacionáveis e da competitividade da economia portuguesa no mercado global. A realidade tem vindo a mudar mas há, ainda, um longo caminho a percorrer.”

 

Link

Website em PT: http://sairmao.pt/

11/03/2016 , Por COMPETE 2020
COMPETE 2020
União Europeia
Presidente do COMPETE 2020
FEEI
Rui Vinhas da Silva
COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor