Painel Europeu da Inovação

A Comissão publicou os resultados de 2016 do Painel Europeu da Inovação, do Painel de Avaliação da Inovação Regional e do Inobarómetro.

Entre as principais conclusões, destacam-se o facto de o nível de inovação da UE se aproximar cada vez mais dos níveis de inovação do Japão e dos EUA, de a Suécia ser outra vez líder da inovação e de a Letónia se ter tornado o país em que a inovação regista o crescimento mais rápido.

Quadro 1

Classificação de 2016, por país, do Painel Europeu da Inovação (eixo Y - Índice Sumário da Inovação, eixo X - Países da UE)

Elżbieta Bieńkowska, Comissária Europeia responsável pelo Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, afirmou: «A Europa tem de ser um local em que as PME e as novas empresas inovadoras floresçam e prosperem no mercado único. Para tal, é necessário um esforço concertado. A nível da UE, precisamos de simplificar a legislação sobre o IVA, adaptar as regras em matéria de insolvência, tornar mais acessíveis as informações sobre os requisitos regulamentares e trabalhar para criar um quadro de propriedade intelectual mais claro e favorável às PME. Temos também de continuar a adaptar o mercado único para garantir que os serviços inovadores, como a economia colaborativa, possam ter o seu lugar».

Nas palavras de Carlos Moedas, Comissário responsável pela Investigação, Ciência e Inovação: «Os países e as regiões líderes apoiam a inovação mediante a intervenção em múltiplos domínios políticos, desde o investimento à educação, à flexibilização das condições de trabalho e à promoção junto das administrações públicas do empreendedorismo e da inovação. A Comissão, por seu lado, contribui promovendo igualmente a inovação em todos os domínios políticos. Para além disso, estamos também a melhorar o acesso ao financiamento privado através do Plano de Investimento para a Europa, no valor de 315 mil milhões de euros, e da União dos Mercados de Capitais, e a criar um novo Conselho Europeu para a Inovação.»

Corina Crețu, Comissária responsável pela Política Regional afirmou: «As estratégias de especialização inteligente ajudam os Estados-Membros e as regiões a capitalizar os seus trunfos competitivos no domínio da Investigação & Inovação e a encontrar oportunidades de cooperação entre as empresas e as universidades. Como tal, fornecem orientações para os investimentos inovadores e de longo prazo apoiados pelos FEEI e, quando possível, por outras fontes de financiamento da UE. Tal contribui fortemente para a transição da Europa para uma economia baseada no conhecimento».

As principais conclusões dos três relatórios publicados hoje são:

  • A Suécia é, uma vez mais, líder da inovação na UE, seguida da Dinamarca, da Finlândia, da Alemanha e dos Países Baixos.
  • Os líderes da UE em áreas específicas de inovação são: Suécia — recursos humanos e qualidade da investigação académica; Finlândia — condições do quadro financeiro; Alemanha — investimentos privados em inovação; Bélgica — redes de inovação e colaboração; e Irlanda — inovação nas pequenas e médias empresas.
  • Os países onde a inovação regista um crescimento mais rápido são a Letónia, Malta, a Lituânia, os Países Baixos e o Reino Unido.
  • Existem igualmente centros de inovação regionais nos países de inovação moderada: Piemonte e Friuli-Venezia Giulia em Itália, País Basco em Espanha e Bratislavský kraj na Eslováquia.
  • De um modo geral, o fator determinante para vir a ser líder da inovação é a adoção de um sistema de inovação equilibrado, que combine um nível adequado de investimento público e privado com parcerias de inovação eficazes entre empresas e universidades, uma forte base educativa e a excelência da investigação. É necessário que o impacto económico da inovação se manifeste em termos de vendas e exportação de produtos inovadores, bem como no emprego.
  • A especialização em tecnologias facilitadoras essenciais (TFE) melhora o desempenho da inovação regional, especialmente em materiais avançados, biotecnologia industrial, fotónica e tecnologias de fabrico avançadas.
  • Nos próximos dois anos, o desempenho da UE em matéria de inovação deverá melhorar. A maioria das empresas pensa manter ou aumentar o nível de investimento em inovação ao longo do próximo ano. As empresas na Roménia, em Malta e na Irlanda são as que mais tendem a aumentar o seu investimento em inovação no próximo ano.

Contexto

Um relatório recente, Science, research and innovation performance of the EU, estabelece uma ligação clara entre o crescimento na UE e o investimento em investigação e inovação, sublinhando a importância da manutenção dos esforços para aumentar o investimento no setor. Para mais informações sobre as ações da Comissão para apoiar a inovação, consultar a última secção das nossas perguntas mais frequentes.

O Painel Europeu da Inovação fornece uma avaliação comparativa do desempenho dos países da UE, e de alguns países terceiros, em matéria de investigação e inovação. O relatório de 2016 inclui, pela primeira vez, uma secção relativa ao futuro, em que se analisam os desenvolvimentos mais recentes, as tendências e as alterações previstas.

O Painel de Avaliação da Inovação Regional é uma extensão regional do Painel Europeu da Inovação que avalia o desempenho das regiões europeias em matéria de inovação.

O Inobarómetro revela as tendências e modalidades mais recentes das atividades das empresas relacionadas com a inovação nos países da UE e, também, na Suíça e nos EUA.

Mais informações:

Fonte: UE

14/07/2016 , Por COMPETE 2020