Calçado: A inovação já faz parte do código genético das empresas portuguesas

 

<iframe frameborder="0" height="241" scrolling="no" src="//player.vimeo.com/video/101533961" width="500"></iframe>

 

1. Apoio do COMPETE

- Testemunho

Segundo Alcides Avelar e Elísio Avelar, sócios-gerentes da empresa Ferreira Avelar & Irmão, Lda., “a realização do projeto SI Inovação será determinante para o crescimento e consolidação da empresa, colocando esta e os produtos em elevado nível de qualidade, ao mesmo tempo que possibilitará uma diferenciação no sector do calçado, bem como incrementará a visibilidade da empresa nos mercados”.

 

- Financiamento

Inserido no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação, o projeto “Aposta no Fabrico de Calçado Inovador, Utilizando Materiais de Base Cortiça” conta com um investimento elegível na ordem dos 357 mil euros, sendo financiado pelo FEDER, através do COMPETE em cerca de 197 mil euros.

 

2. Descrição do projeto

Pretendeu-se iniciar na Ferreira Avelar, e ao mesmo tempo em Portugal, um projeto de desenvolvimento de calcado com base no material cortiça, centrado na utilização da cortiça como material de corte, em combinação com a pele, de modo a que parte da sua coleção PROFESSION BOTIIER se diferenciasse pela utilização desta matéria-prima, atingindo-se aqui também níveis de excelência de qualidade tal como no couro.

Para além da total inovação no produto, esta linha de ação foi uma forma de responder às dificuldades esperadas em termos de escassez e custo das peles, principal matéria-prima do calçado fabricado em Portugal.

Nesse sentido, a Ferreira Avelar resolveu par em marcha um projeto que junta tradição e inovação. No ponto de partida estava Portugal, que lhes serviu de força motriz. A empresa procurou desenvolver um produto que fosse exclusiva e intrinsecamente português e que permitisse dar a conhecer a hist6ria tao rica de Portugal, dentro e fora de portas.

Desfraldada a bandeira da portugalidade, bastou ir no encalço do que é nacional é bom: aliando ao facto da indústria de calçado português já ser um setor com grande reputação internacional, decidiu-se ir um pouco mais adiante na alma I usa e coroar o produto com um dos mais nobres materiais produzidos em Portugal, a CORTIÇA.

Este tipo de material, para além de ser uma pura inovação quando utilizado na parte superior do calçado (Gáspea), e também respeitador do ambiente, sustentável e muito mais barato que as tradicionais peles ou couros. Assim, as coleções da marca PROFESSION BOTIIER passaram a contemplar uma linha de modelos feitos a base de cortiça, englobando materiais tanto para a gáspea como para a sola, ficando os produtos com o visual da textura da cortiça.

Para além da utilização da cortiça nestes componentes do calçado, a empresa procura manter sempre um contacto permanente com a comunidade académica e com outros players do setor da transformação da cortiça, numa busca continuada de novos desenvolvimentos no seu potencial de aplicação.

O projeto consistiu, então, em instalar na unidade produtiva da Ferreira Avelar equipamentos específicos destinados ao fabrico de calçado utilizando materiais a base de cortiça, o que implicou condições de trabalho e de desenvolvimento substancialmente diferentes. Foram essencialmente as operações de corte e costura que exigiram equipamentos específicos para trabalhar materiais de gáspea em cortiça, no sentido de assegurarem o mesmo grau de resistência ao calçado que as peles normalmente garantem, embora a montagem do calçado em cortiça também beneficie com a utilização de uma alimentação automática de formas.

Em resumo, afigurou-se determinante, no âmbito da estratégia de evolução da Ferreira Avelar, apostar em novos produtos, com alteração radical nos materiais até agora utilizados, de forma a ultrapassar a fase condicionante do processo (grande concorrência nos produtos de couro) e contribuir de forma clara para a consolidação do processo de crescimento da atividade da empresa.

 

3. Links

> Facebook  

> Vimeo 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                 

Por: Cátia Silva Pinto | Reputação Corporativa & Comunicação

06/04/2015 , Por COMPETE 2020